quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

É noite.

É noite.
Eu venho de algum lugar onde a neblina é densa...
Tudo o que sei é que, indiferente da situação que eu esteja vivenciando, a solidão parece mais intensa do que quando estou realmente sosinho...
Imagino que tal fato seja decorrente de ninguem conhecer aquilo que mal você conhece; aquilo que vive dentro de nós.
Estou sentado agora em um chão de concreto e há uma grama seca ao meu lado; vejo um exercito de formigas marchando diante de mim.
Sinto relativa paz com o silencio dessa pequena cidade. Vejo minha sombra tremer enquanto a lampada balança para todos os lados.
Sou incompleto em idéias, em formação imperfeito. Não há conceito que eu consiga manter e sou ciente desse meu mal... Porém, há algo que tem me deixado orgulhoso de mim mesmo é não retroceder à antigas crenças que certa vez foram respostas e que por ora não me dizem nada mais. Sinal que posso estar evoluindo ou que sou apenas folha seca levada pelo vento. Qualquer um destes pontos de análize deixa-me tranqulo.
Imaginei certa vez aonde se esconde a serenidade enquanto estamos aflitos, a passos do total desespero. Descobri então que é para cá que ela vem, para este chão de concreto... Não meu caro, não é somente um chão de concreto; este é o meu chão.
Ainda é noite; uma brisa fria bate em minhas costas e eu vejo a grama seca dançar enquanto sinto meus cabelos seguirem o mesmo ritmo. 
Que bela melodia podemos encontrar num preludio de tempestade...

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