terça-feira, 24 de agosto de 2010

Cidade Noturna

Quão sujo e impuro este chão que piso,
Porém és tão limpo e cristalino se comparado à mim...
Vejo as pessoas se calarem e o tempo passar,
Vejo minh'alma cair e meu corpo sangrar...
As luzes da cidade apagaram e estamos sozinhos agora.
Esta calçada é o travesseiro de minha consciência;
E esta é a primeira vez que vejo uma estrela - perdida neste céu de concreto.
O amor que silenciou meu grito de dor calou-se para mim:
Tudo que restou-me; solidão.

Aliança

Por tudo quanto sei, mas não sabia, 
(Feliz de quem um dia ainda o souber!) 
Por essa estrela branca em noite fria! 
Anunciação, talvez, de poesia... 
Por ti, minha mulher! 

Por esse homem que sou, mas que não era, 
Vendo na morte a vida que vier! 
Por teu sorriso em minha vida austera. 
Anunciação, talvez de Primavera... 
Por ti, minha mulher! 

Pelo caminho humano a que vieste 
Com fé no amor. — Seja o que Deus quiser! 
Por certa fonte abrindo a rocha agreste... 
Por esse filho loiro que me deste! 
Por ti, minha mulher! 

Pelo perdão que espalho aos quatro ventos, 
De antemão cego ao mal que me trouxer 
Despeitos surdos, pérfidos momentos; 
Pelos teus passos, junto aos meus, mais lentos... 
Por ti, minha mulher! 

Nada mais digo. Nada. Que não posso! 
Mas dirá mais do que eu quem não disser 
Como eu?: — Avé-Maria... Padre-Nosso... 
Por tudo quanto é meu (e que é tão nosso!) 
Por ti, minha mulher! 

Pedro Homem de Mello, in "Adeus"

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

(Re) Viver.

Estive em um local escuro e úmido. O inferno era o total inverso que a cultura me fez acreditar durante a vida. Havia um homem vestido com roupas rasgadas, umas botas velhas e fedorentas que me dizia: "Siga em frente."
Fui. Andei por dias e não me cansei ou senti fome, mas senti frio; o que era estranho pois não havia mais corpo físico. Eu simplesmente andava.
Ao meu lado, eu passava por arvores secas e arbustos mortos. O homem que me seguia disse que seu nome era Gabriel e que era o chefe dos quatro anjos favorecidos.
Pensei em perguntar-lhe aonde estavam eles, mas como se lesse meu pensamento já disse "Mortos!". Ele disse que era um anjo também, mas que com a morte de Deus ele tornara-se consciência, como eu.
Essencialmente pensamento e só; assim como eu após morte.
Perguntei então por que ainda devia seguir por aquela estrada.
Ele respondeu: "Ainda existe a hierarquia. Você não foi digno da herança do Altíssimo; então o inferno será sua morada.".
Espantei-me com a resposta e calei-me por três dias. Comecei a acreditar que meu castigo seria vagar eternamente.
Gabriel olhou ao seu redor e disse: "Eis aqui o paraíso."
Levantei minha cabeça e notei que o cenário era o mesmo que estivemos todo esse tempo. O local era nublado e havia folhas secas na estrada. Perguntei: "Que faço eu aqui? Não devia estar no inferno? Este caminho a que seguimos todo este tempo é o paraíso?"; e comecei a chorar e gritar de dor, desespero e desesperança.
Gabriel gritou firme: "Não enlouqueça!". Calei-me e ficamos três meses ali, sentados naquele lugar.
Gabriel disse que o corpo necessita da alma tanto quanto a alma precisa do corpo. Se um morre o outro apodrece. Explicou-me que meu corpo físico morreu e minha alma estava enlouquecendo.
Entendi que não há diferença no que se diz de alma e consciência.
Perguntei por que o paraíso era tão cinzento, nublado e frio. Gabriel respondeu: "Logo que Deus morreu; seu paraíso apodreceu. Seus filhos estão podres interiormente." e contou-me que viu um a um dos seus anjos e arcanjos enlouquecerem, já que todos se tornaram consciência pós morte de Deus. Gabriel disse que também sentia sua razão fugir de si mesmo vez ou outra e que o equilíbrio que tinha vinha de seu trabalho em tentar manter o sistema de Deus ainda em atividade.
Levantamos e andamos por aquele caminho por mais três anos. Chegamos num túnel escuro e Gabriel disse-me que a partir dali eu deveria seguir sozinho. Disse-me para que tomasse cuidado com o inferno. Despedimos e segui.
Temi por chamas e bodes/homens com tridentes. Chorei e me debati tentando parar e passar a eternidade no túnel, mas não conseguia. Parecia que minhas pernas não me obedeciam e eu não podia mais parar de andar.
Caminhei por 9 meses até que vi uma luz forte que quase me cegou. Chegara eu ao fim do túnel?
Olhei pra mim e me vi nú. Havia um cordão em meu abdomem e vi uma mão enorme que puxava-me para aquela luz. Havia muito barulho, cheiros e luz demais. Senti dor. Senti medo.
Vi então uma mulher de aparencia cansada, que pegou-me em seus braços disse-me entre sorrisos e lagrimas: "Bem vindo ao mundo; meu filho.".

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Passos trocados.

 
Ela acorda de manhã e olha para o teto, o poster de Robert Plant está lá com seus longos cabelos loiros se cacheando no ar junto com o som (que lhe levava a um tranze se combinado com o acido) das cordas de Jimmy Page. Ela estava preparada para abondonar essa vida hoje.
Ela levantou-se e tomou um banho e corta sua perna com a lamina. Ela gosta de ver o sangue ir dançando até o ralo junto com a água. Ela se seca e se vê nua de frente ao espelho e sussura "Que me enterrem assim" e segue seu caminho até o quarto, seca seus cabelos e resolve pentea-los. Se maqueia, se embeleza e chora ao ver encima da sua comoda os bilhetes e o dinheiro. Hoje ela iria ver o unico que a entendia nesse mundo, e concerteza não era Jesus. Por algum motivo ela queria estar bonita nesse dia, ao contrario do que estava nos ultimos dois anos desde que ele partiu.
Seu pai partira com a mãe de seu melhor amigo. Era uma mulher de cabelos negros e uma expressão que dizia "fique comigo, eu preciso de sua ajuda" enquanto o olhar dizia "É mentira!".
Ela viu a mãe se desesperar numa depressão e não pode fazer nada, e achou que seu amigo era o unico que poderia entende-la. Ele ficara na cidade morando com os avós e estudava a noite. Ela havia desistido da escola pois não queria levantar-se de manhã e ver pessoas, muito menos a sua mãe, mas isso não era de sua escolha. Mas de certa forma, ela se sentia um pouco mais especial quando seu jovem amigo a visitava. Naquela cama de seu quarto ela esteve com ele e desabafou muitas vezes sobre como seu pai era o chão dela naquela casa de loucos (ou melhor, a mãe louca) e como ele pode abandona-la assim. O rapaz escutava numa compreensão e numa meiguice que era como se a vadia que roubara o pai da jovem moça de cabelos claros não fosse sua mãe. Foi ali naquela cama também que eles deram seu primeiro beijo, e algum tempo depois suas primeiras noites de amor. Ela o amava porque era tudo o que tinha de mais seguro.
Ele a fez sair de casa, lhe arrumou o emprego na lanchonete e lhe deu forças. Houve uma ocasião que viu seu pai de longe e não chorou. Sua vida já era o rapaz, e não mais seu pai ou a ausência dele. Depois de algum tempo ela até reaprendeu a sorrir.
Era o ano de 1973, uma manhã chuvosa em L.A logo começou a nevar e a neblina tomou toda a cidade. A garota desce até a sala de estar e vê um bilhete que foi passado por debaixo da porta e dizia:

"June,
Me perdoe, tive de partir. Mamãe arrumou um emprego pra mim na capital e eu vou morar com ela. Amo você, mas sinto que nosso futuro depende disso.
Espere por mim.

Alex."

Tudo o que lhe restara foram as lágrimas, e ela não foi trabalhar nesse dia frio. Ela o esperou.
Voltou a trabalhar no outro dia e todos viam ela forte, seria, mas seus sorrisos acabaram. Nunca mais o jovem lhe correspondera, mas ela o esperava.
1 ano depois o jovem aparece na lanchonete onde ela trabalhava com uma bermuda floral e um chapéu de turista acompanhado de uma bela mulher mais velha e com ar de "Sou melhor que você". Ela era sua chefe e agora era sua esposa. Estavam em lua de mel. June o viu beijando-a e escondeu-se atrás do balcão.
Sua vida havia acabado.
Ela estava em seu quarto, sentada em sua cama e de algum jeito estranho, ela ainda sentia o cheiro do seu amado em seu colchão. Pegou o dinheiro, os bilhetes e saiu. Ao chegar a porta de sua casa nota que chove... uma chuva fina, que combinava perfeitamente com o céu cinzento daquela manhã. Ela acende um cigarro e segue o caminho de seu trabalho.
Fuma quase uma cartela inteira antes de chegar até a lanchonete. Ela trabalha de sete as onze, como dizia a canção Since I've Been Loving You do Led Zeppelin, sua banda favorita. Antes de sair, ela recebe alguns elogios e olhares de quase todos que a conheciam e a viram naquele dia.
Deviam pensar "Ela se arrumou, deve estar melhorando" e depois sorriam pra ela. Por dentro ela gritava.
De hora em hora ela roubava um maço de cigarros do balcão sem que ninguem pudesse notar.
Onze horas e acaba o seu turno. Ela se arruma mais um pouco e vai para a beira da estrada, onde logo um carro para.
- June, o que faz aqui?- Dizia o Sr. Madisson, homem de familia bem casado, com filhos, que seguia sozinho com seu carro. Ela responde - Preciso de uma carona até o show do Led. - e ele diz - Não devia deixar sua mãe sozinha. - E paira um silencio.
Ela respira fundo e toma coragem pra fazer o que planejara. Entra no carro e beija Sr. Madisson que logo já começa a passar suas mãos porcas em todo seu corpo. Ela o masturba e diz "Leve-me ao show Sr. Madisson?" e começa a fazer sexo oral no velho porco. Ele afirma que sim, e faz sexo com ela dentro de seu carro da maneira mais porca que era possivel. June se lembrava do seu Alex e de como era lindo fazer amor com ele, ao contrario de fazer amor com Sr. Madisson que a chamara de "mamãe" em seu orgasmo.
Ele a deixa no show, e quando ele se despede com um beijo e vira o carro, June vomita de tanto nojo. Ela entra no show e compra uma porção de comprimidos de ecstasy e espera o memonto certo. Ela chega perto do palco e consegue tocar os pés de Robert Plant no palco assim como se o mesmo fosse Jesus Cristo. Era uma apresentação em um ambiente fechado, então não havia grande distancia entre os mortais e os deuses encima do palco. Jimmy Page começa com o riff de Babe i'm gonna leave you e ela engole todos os comprimidos de uma vez e sai do ambiente e escuta a bela canção do lado de fora olhando as estrelas e fumando todos os cigarros que roubou na lanchonete naquele dia.
Ela estava pronta e em breve estaria livre de toda dor. Ela olhou sua imagem numa poça d'agua e sorriu.

(...)













Ele corria sem fôlego e tropeça em uma pedra. Sente se aproximar outra vez aquele homem de olhos ensangüentados e vontade de matar. Ao levantar-se, olha para traz e vê que deixou pegadas, ele ouve passos firmes de alguém que corre, seu coração dispara no compasso daquilo que o persegue. Ele teme que a distancia que tem de sua casa aumente mais ainda a sede do homem.
A primeira vez que o jovem vê o homem foi numa noite em seu lar, foi a cozinha beber um gole de agua e olha pela janela... Lá está ele, simplesmente olhando para sua vitima com olhar de indiferença, de ódio... E ele não sente medo ou qualquer outra coisa, o olha fixamente como se já o observasse a muito tempo, como se o rapaz o notar não significasse muita coisa, o homem queria a morte do rapaz e conseguiria.
O rapaz notava que mesmo com o homem o perseguindo, impondo sua presença na sua vida, em casa essa presença poderia estar sempre num nível toleravel. O homem aparecia somente para o rapaz, mas os que o cercavam também podiam sentir a sua presença, mas não entendiam o que aquela energia negativa poderia significar... Como o homem estava atrás do rapaz, eles associavam essa energia ao rapaz, e não à algo de outro plano.
O rapaz a principio temeu o homem de tal forma que pensou em se matar só para livrar-se desse olhar. Tudo o que ele fazia sem pensar, faria ele sentir o homem aproximar-se cada vez mais e mais, fazendo com que seu coração disparasse e ele sentir o medo de que sua vida fosse aniquilada. O tempo foi passando, e o jovem ainda temia o homem, mas como ele não ia embora, passou a ignora-lo ou pelo menos dar um jeito de viver sem que seu tormento o dominasse por completo.
Certo dia, o rapaz acordou em uma manhã de céu azul e olhou para a janela e o homem não estava lá. Passeou com os olhos no quarto e em toda a casa e ele se viu em paz sem a presença homicida do homem que o observava. Teve um bom dia, pode fazer as coisas que ele sempre fez até que chegou a noite e o rapaz pensou em visitar um jardim onde havia flores que ele amava.
Ao sair, o céu estava bonito, mas sem nenhuma estrela, somente uma lua grande iluminando as nuvens que dela se aproximavam.
Ao andar, ele sentiu um vento frio e a sensação de que havia alguém o observando, o seguindo. Ele poe se a correr e não tem duvidas de que é o homem que voltou de onde ele estivesse para mata-lo finalmente. Corre depressa e tropeça em uma pedra e seu corpo é esmagado pelo chão duro, frio e umido pela neblina que de repente tomou conta do lugar. Ouve os passos firmes e quando abre os olhos ele vê sobre si a imagem do homem que diz: "Não corra mais, vim pegar o que você perdeu pra mim quando levantou-se e olhou o que havia atrás da janela... Você perdeu pois caiu e se entregou, pois pulou num poço sem fundo achando que encontraria porto-seguro... Você quem me troxe até aqui!"... Assim o homem abaixou-se, tomou o coração do rapaz e se foi debaixo da neblina; enquanto o rapaz levantou-se, olhou ao redor e viu-se completamente sozinho... Ele se perde na neblina, ele vai embora sem saber pra onde ir.

Céu cinzento.


A poesia de teus olhos é tão bela
E tão cristalina...
Lá fora cai uma chuva de dor
Meu sangue escreve em mim o seu valor...
Eu vejo o dia amanhecer... na sua janela...
Seus pés, suas mãos movem meu destino,
E você dança tão bem...

Aqui está tão frio, mas é tão bonito...
Aqui está tão frio, mas é tão bonito...
Aqui está tão frio, mas é tão bonito...
Aqui está tão frio, mas é tão bonito...

Sabemos sorrir com os labios,
Mas não esconder a dor nos olhos...
A escuridão congela meu corpo...
Você em meus braços...
Me faz repousar...

Aqui está tão frio, mas é tão bonito...
Aqui está tão frio, mas é tão bonito...
Aqui está tão frio, mas é tão bonito...
Aqui está tão frio, mas é tão bonito...

E você dança tão bem...

Pesadelo.

Eu subia uma rua semi-iluminada com arquitetura semelhante à veneziana. Eu parecia estar com roupas antigas - um sobretudo preto, botas de couro - e passava por aquelas esquinas como se eu conhecesse tal lugar e soubesse bem aonde eu queria chegar; porem, não lembro-me de nenhum lugar parecido, nem em qualquer outro sonho.
Certo momento escutei o grito de sua mãe, um grito seco e desesperado, como se a estivessem cortando lentamente em pedaços. O grito vinha de uma casa de arquitetura gótica, com torres e detalhes e nesse momento as coisas ao meu redor ficaram mais escuras. Os gritos de sua mãe vinham do 3° andar, e eu fui chegando numa janela qualquer onde irradiava uma luz verde.
Ao colocar minha cabeça na janela, eu vi minha amada levitando sobre a sua cama, estava nua e havia uma mulher abaixada em frente aos pés da cama, tinha a aparência de sua mãe e fazia uma espécie de oração ou ritual, onde ela estendia as mãos sobre a filha e guardava-as em seu peito, como se tirasse alguma energia ou algo do gênero e jogasse sobre a jovem que levitava sobre a cama. Minha amada subia e descia lentamente e eu via seus cabelos dançarem no ar, ignorando qualquer conceito que a física tinha sobre gravidade. Das mãos da velha - que tinha a aparência da mãe - eu senti irradiando uma energia muito negativa e delas vinha a iluminação verde. Enquanto era feito o ritual eu pude escutar o nome da filha ser gritado com um desespero crescente no 3° andar.
Diante de cena tão inesperada eu senti um grande temor e algo dizia em mim "É tudo real!".
Senti que ia desmaiar e comecei a cair lentamente.
Ela disse-me: Que bom que você veio! Eu já esperava por você.
Então senti que desabaria no chão nesse instante, e a velha disse: É mentira!
Senti uma força maior puxando-me de volta para que eu ficasse em pé sobre minhas pernas.
Quando pude retomar minha posição vertical, olhei de volta pra minha amada e ela sorriu pra mim com um ar de "Pensa que me engana?" enquanto ainda levitava sobre sua cama, e eu temi mais ainda.
Depois de algum tempo, os gritos do 3° andar cessaram e a velha feiticeira sumiu.
Minha amada caiu sobre a cama em um impacto forte e eu pude ver a cama quebrando em mil pedaços (como quem cai sobre uma mesa de vidro) enquanto ela saia do transe aos poucos. Nesse momento senti uma força tragando-me em um túnel que me levara pra longe daquele lugar. A ultima coisa que me lembro é de acordar sentado na minha cama, encharcado de suor e segurando o meu edredom como se fosse alguém a quem eu quisesse matar asfixiado.
Olho pra minha janela e vejo um vulto de um homem, uma sombra pra ser mais especifico. Ele sai correndo e eu ainda posso vê-lo olhando fixamente para mim, como se estivesse jogando cada segundo do pesadelo em minha cabeça.

Solidão.

Se você pergunta a alguem o que ela pensa quando ouve a palavra "Solidão" provavelmente lhe aparecerá mil imagens negras ou tristes em sua cabeça, sendo que a solidão (às vezes) pode ser a sensação que nossas almas mais anseiam.

Catolicismo

Soube em algum lugar que todo o culto e a imagem da igreja católica veio de outras religiões.
O que era dito como bruxaria e fez milhões de pessoas morrerem em fogueiras foram parte vital do que se diz igreja hoje em dia.
Não diria que a Ankh (cruz egípcia, sinal de eternidade) não seria demasiadamente parecida com a cruz católica? O pentagrama que era utilizado para rituais de energia positiva hoje é abominável pela igreja. Por que?
O homem é fraco e prefere a facilidade de se apegar e culpar alguem de tudo que acontece em sua vida do que enxergar que tudo o que acontece é causa de sua atitude e das pessoas que o cercam.
A religião vem com o intuito de suprir tal necessidade com um Deus "justo e perfeito" que muda de acordo com as necessidades humanas (leia a Bíblia e mal poderá contar nos dedos quantas vezes as escrituras se contradizem), mantendo assim um controle total sobre elas. Isso pode ser visto na historia com guerras em nome de Deus e nas pessoas que abrem mão da sua vida em nome de Alá. A religião é um meio politico de manter o controle da sociedade, tanto é que percebe-se uma hierarquia (coroinha, padre, bispo, papa, etc.) dentro da igreja que até assemelha-se com a hierarquia de nosso país (vereador, prefeito, governador, presidente, etc).
No principio do catolicismo, o imperador Constantino viu-se sem poder diante de seu povo (e como diria Maquiável, o poder pode ser mantido por meio do do amor ou do medo) e adotou o Cristianismo como religião oficial e na época (ano 325) Jesus ainda dava o que falar.
Constantino fez quase uma peneiração entre as outras religiões e costumes do que poderia e ou não ser usado nessa nova religião (ou novo plano de controle, como preferir) que seria instituído.
O catolicismo, assim como qualquer outra religião sempre teve como marca o controle pessoal da sociedade, atendendo a elas sua necessidade de um Deus que é bom, que lhe dá um pseudo livre-arbítrio em uma mão (juntamente com o paraíso e a felicidade eterna) e o pecado (juntamente com o castigo do inferno) em outra.

Rotina de André.

O despertador toca às sete horas e ele esfrega os olhos. Ao olhar pra janela, vê que o dia está claro e que não poderia se fundir com o conjunto "cama, lençol e cobertor" antes das três da manhã.
Ele levanta e se apronta para o trabalho, sem tempo para comer qualquer coisa para que não chegue atrasado. Precisa do trabalho para fazer o seu sustento e manter seu estudo.
Sua vida não lhe agradava em ponto algum.
Assim André levava sua vida, trabalhando 48 horas semanais por um salário mínimo, correndo para a faculdade depois do seu expediente e estudando a noite até as três da manhã. Seguia essa rotina religiosamente.
Não confiava em si mesmo. Fazia todas suas atividades sem a menor expectativa de crescimento.
Se olhava no espelho e via outra pessoa; um fracassado, feio, cansado e impotente de manter o controle de sua própria vida. Ele precisava ser persistente e cauteloso, mas as circunstâncias exigiam-lhe uma paciência que André não tinha.
Almejava a morte; via nela a unica forma de escapar sem julgamentos ou repreensões.
André sonhava com outra vida, outro curso, outro rumo...
Deitava seu corpo exausto sobre a velha cama de solteiro sentindo que sua estrutura somático-emocional estava morta há muito tempo.
E sobre essa cama velha ele dormia 4 horas por noite, sonhando a idéia de conseguir alguma recompensa pelos seus esforços ou alguma saída que o levasse para longe de todo seu sofrimento.
Quando André era observado em um sonho era possível vê-lo sorrir. Ele sorria sobre o colchão novo que pagava com suas 48 horas semanais.
André morreu aos 17 anos de idade, vitima de atropelamento por um trem.
Até hoje não se sabe se foi um acidente ou um suicídio.

Análize sobre religião.




Não julgue-me por alguém apático,mas eu tenho preferido a paz e o sossego de não dar tanta ênfase ao que eu coloco como "problemas".
Há algum tempo atrás (bem pouco tempo mesmo) eu mantinha um perfil lotado no orkut de pessoas que eu nunca vi e que conversei (quando muito) duas ou três vezes em toda a vida. Eu era uma pessoa sozinha, ou melhor, eu sou uma pessoa sozinha, mas não me dava conta disso. Acreditava naquela verdade intuída que vejo tantos amigos meus amigos seguirem no que se diz de um Deus e de tudo o que nos cerca. Não que eu esteja aqui alegando qualquer espécie de ateísmo de minha parte,longe disso; a questão é que hoje eu vejo Deus como uma força que rege tudo em sua onipotência (não cabe a mim decidir o rumo que as coisas que me cercam podem seguir), sua onipresença (se Deus está conosco todo o tempo e em todo lugar, não há porque eu sair de casa e seguir rumo à algum templo para encontrar Deus. Eu já participei de 1milhão de encontros com Deus e eu senti uma força maior sobrepondo sobre meu corpo realmente,mas essa força está em mim e eu mesmo sozinho posso desenvolver essa força e encontrar com Deus todo o tempo) e sua onisciência (Não há necessidade de oração, confissão ou qualquer coisa, já que Deus sabe de tudo mesmo, seria como ditar ao Todo Poderoso um discurso repetido que ele já sabe de cor), sendo assim que eu, diante de Deus e de toda sua infinitude, cabe-me apenas o silencio interior para entrar em contato com o Criador.
Então, abra sua mente e analise esses pontos:
1° Deus é infinito
2° Deus é onipotente
3° Deus é onipresente
4° Deus é onisciênciente
5° Deus é perfeito e imutável
Considerando esses pontos acima, toda a ideia de Deus encontrada nas igrejas caem por terra e podem ser interpretadas como simples formas de poder. Se Deus é perfeito e imutável, temos 2 Deuses na Bíblia: O Deus do 1° Testamento (O Deus tirano e castigador) e o Deus do 2° Testamento (O Deus do perdão); e se Deus é infinito, como pode ele ser imutável? Por que existe a necessidade de que se vá a igreja (considerando a ideia de um Deus onipresente) e pague o dizimo? Por que dizem que fomos criados à imagem e semelhança de Deus se somos pecadores, falhos e limitados? Se Deus é perfeito,porque o conceito de livre arbítrio se contradiz com o do pecado? E se Deus é perfeito por que eu sou sujeito ao erro considerando que sou a sua imagem e semelhança?
Por que preciso orar, rezar, fazer todo tipo de ritual se Deus é onisciênte? Por que Deus diz pra que eu abra mão de 10% de meu salário mensal para que seja entregue em suas obras se esse mesmo Deus é onipotente? Existem respostas? Pessoas eram queimadas na inquisição não porque eram pessoas ímpias, mas sim porque não seguiam os padrões impostos pela igreja.
Finalizando:
Igreja = Politica, governo, forma de controle, poder, etc.
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