quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

The diary of Mr. Silence - 1

Seguindo outros passos,
Um caminho que não é meu...
Essa história não irá se repetir.
Almejando outra vida, sonhando uma nova história...
Acho que consigo.
Vai doer... Mas essa tatuagem irá me seguir aonde eu for.
E quando eu estiver por baixo, serei paciente... Saberei esperar e lutar por algo melhor.
Percebi que o desespero e a agitação só atrapalham.
Sofrer por não ter, amar demais o que se tem é um erro.
Tudo vai embora... Tudo. Não há nada que não se possa perder.
Lembro-me daquela viajem que iria mudar o resto da minha vida.
Era um dia frio, eu chorava com a cabeça recostada no vidro... As arvores passavam tão depressa, as folhas pareciam molhadas. Eu queria estar lá, no meio delas.
Se a vida fosse tão simples quanto se quer.
Se a vida de um homem fosse como a de uma arvore: Nascer, crescer, dar frutos, morrer. Seria tão mais fácil de lidar.
O chão me daria o que necessito para a vida. Viria a chuva e a luz da manhã para me fortificar. Seria só eu e a natureza. Seria eu, elemento da natureza.
Não poderia fazer mal. Nem poderia sentir o mal que qualquer um fizesse a mim.
Mas naquele tempo, algo me marcou para todo o sempre.
Tudo para mim era razão para desespero. Nada servia.
Esta figura que habitou meus dias naqueles momentos sou eu. Aquilo é o que realmente sou, e tudo o que os outros vêem é a casca.
Danem-se os outros, este texto não foi feito com o intuito de descrevê-los.
Ainda desespero-me vez ou outra. Choro, caio nos braços da lamuria, perco o controle. Reservo-me aos meus prantos particulares.
Tenho medo. Mas eu acho que aí que está a vida.
Entretanto, todas estas emoções (eventualmente) me parecem tão distantes... Como se fosse incapaz de me aderir a qualquer sentimento.
Como se aquilo não fosse eu....
Quem sou eu?

Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...