quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

The diary of Mr. Silence - 6

Certa vez ouvi que a verdade deve ser dita, por mais dolorosa que possa ser. Não acreditei que a suposta veracidade do efeito proposto em tal frase poderia ter certa relevância em um relacionamento; considerando que todas às vezes que consegui alcançar qualquer objetivo, a mentira envolvia parcial ou completamente o que eu apresentava como mérito.
O que é falso sempre me serviu de escudo ou de degrau para um nível maior. Aprendi a viver desta forma, e aprendi tão bem que quase não reconheço outra metodologia para manter certo controle da minha existência. Vivi; e vivo assim.
Entretanto, tenho observado que minha formula para o sucesso não é perdurável em todos os campos de minha vivência. Há algo em meu caminho que exige-me a verdade que dói, que machuca, que destrói para que a confiança possa ser restabelecida. Como se cada vez que sou obrigado a decidir entre minha experiência e a navalha dos fatos; a sinceridade fosse o tijolo que constrói e a mentira o martelo que destrói.
Logo encontro-me perdido. Como se a vida resolvesse me doutrinar algo novo sobre algo que eu acreditava conhecer melhor do que ninguém.
Momentaneamente parece que a verdade é o melhor caminho; mas até quando? E quando eu cometer um erro circunspeto demais para minha capacidade? O que farei? Confessarei ou maquiarei a verdade com o eufemismo que tanto me acudiu durante minha vida? A mentira deve ser mantida em minha formação psicológica como uma saída de emergência?

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